Implantar o IPv6 é a melhor opção.
O endereçamento IPv4 está com os dias contados. Segundo Rodrigo Santos, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), “até agosto de 2014 não teremos blocos de IPv4 disponíveis na América Latina”. Com este cenário a melhor solução para os provedores é a migração para o IPv6 “o quando antes”.
Para ele, se nada for feito, o atual modelo logo ficará defasado e os clientes ficarão insatisfeitos. Além disso, estender a vida do IPv4 é possível, mas necessita de equipamentos muito caros que inviabilizam o processo.
“Vamos viver uma situação parecida com a que a Ásia vive há um ano, não tem como fugir disso. Em pouco tempo o IPv6 será maior que o IPv4 que será desativado”. Santos também observa a necessidade de realizar essa mudança o mais rápido possível. “A melhor solução é implantar o IPv6 paralelamente ao IPv4 e com isso adquirir novos usuários. É bom aproveitar para fazer a transição de forma calma, para não ter que correr atrás do prejuízo quando acabarem os endereços”, alerta.
O diretor executivo do Lacnic, Raúl Echeberría, aponta que na América Latina já são 1720 alocações de endereço de Ipv6. “Temos promovido muito o Ipv6 que tem crescido em número de blocos alocados. Cerca de 55% dos associados do Lacnic, incluindo brasileiros, utilizam o protocolo”, afirma.
“O tráfego de Ipv6 representa 1% do total, pode parecer pouco mais há três anos tínhamos 0,1%. Para continuarmos crescendo temos que pedir mais IPv6 para que esse serviço se dissemine”, completa Echeberría.