Da Redação
Ontem às 12h02
Foto: Shutterstock
O Facebook e Youtube (plataforma do Google) correm para apagar o vídeo transmitido ao vivo por um dos assassinos do massacre que aconteceu em uma mesquita em Christchurch, Nova Zelândia nesta sexta-feira (15). Ao menos 49 pessoas morreram e outras 48 seguem feridas.
O atirador, que gravou o atentado, se identificou nas redes sociais como um homem australiano de 28 anos. As imagens foram captadas a partir de uma câmera no capacete e transmitidas ao vivo no Facebook. O vídeo mostra o momento em que ele entrou na mesquita munido de uma metralhadora e disparou contra aqueles que estavam na cerimônia religiosa que acontecia em uma das mesquitas.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a transmissão foi anunciada antes no 8chan, fórum de mensagens por imagem. Há ainda um fórum no Reddit chamado "watchpeopledie", que manteve a gravação no ar por horas. Em sua página no Twitter, o YouTube lamentou a tragédia e disse trabalhar vigilante para remover a gravação.
Quatro suspeitos estão sob custódia, segundo a polícia. Um deles foi acusado de assassinato. O comissário de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que os suspeitos não eram conhecidos pelas autoridades. Bush afirmou ainda que dois dispositivos explosivos improvisados & 8203;& 8203;foram descobertos em um carro. A primeiro-ministra neo-zelandesa Jacinda Ardern disse que o “foi um dos dias mais sombrios” de seu país e classificou a ação como um ataque terrorista.
Transmissões ao vivo em cheque
Diante do episódio desta sexta e de outros atentados violentos que foram transmitidos ao vivo em redes sociais no passado, muitos políticos cobraram, mais uma vez, a regulação do setor. Uma das questões cobradas é a permissão dessas transmissões, uma vez que o Facebook nega ser uma empresa de mídia ou jornalística, alegando não ter responsabilidade sobre o que os usuários publicam.
O presidente americano Donald Trump chegou a tuitar um link para seus seguidores acompanharem a cobertura do massacre na Nova Zelândia pelo site Bretbart. Depois, Trump apagou o tuíte. O atirador ainda publicou um manifesto de 87 páginas no qual elogiaria Trump como "símbolo da identidade branca renovada".