Segundo pesquisa, 88% desses profissionais destacaram importância de conhecer que tipo de informação as companhias têm sobre nós e como estão sendo utilizadas
Em meio a revelações sobre espionagens e críticas a políticas de privacidades de coleta de dados em redes sociais, como o Facebook, a grande maioria dos cientistas de dados admitem que os consumidores deveriam se preocupar com as implicações sobre informações pessoais coletadas e com a maneira que essas estão sendo utilizadas, revela pesquisa estatística conduzida pela desenvolvedora americana Revolution Analytics.
A pesquisa analisou as opiniões de 865 cientistas de dados sobre privacidade e ética na coleta de dados e do uso de softwares estatísticos para anaálise de informações. Cerca de 88% dos respondentes afirmaram que os consumidores devem se preocupar com questões de privacidade na era do big data, em que cada vez mais organizações (empreas e governo) capturam e armazenam – além de medir sentimentos – informações sobre todos nós.
De acordo com o VP de marketing corporativo da Revolution Analytics, David Smith, listado pela Forbes no início do ano entre as 20 pessoas mais influentes do setor de big data, “é sempre importante que os consumidores entendam que tipo de informação as companhias têm sobre nós, e como estão sendo utilizadas”. Ele afirma que os cientistas de dados e profissionais de estatística conhecem a fundo as implicações sobre a privacidade dos dados, especialmente quando diversas fontes de dados são combinadas, o que acontece frequentemente.
Quatro a cada cinco entrevistados destacaram a necessidade da existência de uma regulação ética para coleta e uso desses dados, e mais da metade concordam com a importância do papel da ética na pesquisa de dados. “Esses resultados apenas confirmam o que esperávamos, uma vez que essas pessoas que lidam diretamente com os nossos dados e realmente entendem o poder e a importância de usar essas informações de modo apropriada”.