No primeiro semestre, 520 mil variantes de malwares foram criadas para Android.

Um estudo da Kaspersky Lab afirma que 50% das empresas não adotam soluções para gerenciar e proteger dispositivos móveis em suas redes corporativas. Das empresas que adotaram esse tipo de estratégia, 32% têm uma política de segurança para smartphones e tablets, e 28% uma tecnologia para gerenciamento de dispositivos móveis

Download de apps cresce 60% em relação a 2012

Com o BYOD, um número crescente de smartphones, corporativos e particulares, tem sido usado para realizar atividades comerciais e pessoais, e enquanto 9% das organizações proíbem funcionários de usar smartphones pessoais no trabalho, 29% das empresas permitem o acesso aos dados corporativos nas pela rede da empresa.

Mas as ameaças são comuns. Uma pesquisa conduzida pela G Data, mostrou mais de 520 mil variantes de malwares foram criadas para atacar aparelhos com sistema operacional Android, no primeiro semestre do ano.  O laboratório encontrou 519.095 novos arquivos, um aumento de 180% em relação ao segundo semestre de 2012. O número de famílias de malware dobrou para 454. Entre os arquivos maliciosos, os cavalos de tróia foram cresceram 86%. “Também notamos uma tendência do crime cibernético em criar kits especiais de malware, que são fáceis de usar, mesmo para criminosos online iniciantes", comenta Ralf Benzmüller, chefe do G Data Security Labs.

O uso de smartphones e outros dispositivos móveis nos negócios dá a qualquer empresa uma determinada margem competitiva, tornando seus funcionários mais flexíveis e capazes de tratar de tarefas e problemas, independentemente do horário e de onde estejam, informou Alexander Erofeev, diretor de marketing da Kaspersky Lab, e ressalta que para levar esses dispositivos para dentro da infraestrutura corporativa, é necessário novas abordagens à segurança de TI.

Segundo a Kaspersky, as empresas devem adotar tecnologias de gerenciamento de dispositivos móveis, que protegem redes e garantem a segurança dos dispositivos usados no ambiente corporativo.  “Além de proteger smartphones e tablets contra malware, o que é ainda mais essencial no ambiente Android, visado por um número crescente de programas maliciosos, as ferramentas de gerenciamento permitem aos administradores do sistema gerenciar remotamente o conteúdo armazenado nos dispositivos, bloqueando o acesso a eles caso o dispositivo seja perdido ou roubado”, informa a companhia.

Segundo a G Data, o Android vai manter a sua posição dominante no segmento de smartphone e tablet ao longo dos próximos meses. “E prevemos que o volume de ameaças será três vezes maior ainda este ano”, comenta o especialista.