Se sua empresa quer maximizar o uso de social media, deixe que os “baby boomer” a promovam
Este foi o resultado surpreendente do estudo “A rede coworker” conduzido pelo professor de comunicação Paul Leonardi, da Kellogg School, na Northwestern University. Em 2012, o pesquisador ficou sabendo que uma grande companhia de cartão de crédito planejava adotar uma rede social corporativa chamada A-Life. Com objetivo de alinhar comunicações e reduzir ineficiências, a empresa queria que seus 15 mil profissionais tivessem uma melhor noção sobre seus colegas, quais eram suas trajetórias e o que eles fizeram.
Para determinar o impacto da ferramenta, o especialista comparou dois grupos demograficamente similares dentro da empresa: um na área de marketing e outro em operações. Depois da implementação da ferramenta, os grupos foram pedidos para avaliar o que sabiam sobre seus colegas. A rede social foi entregue para um grupo, que foi encorajado a usá-la. Por outro lado, o mesmo não foi feito com o segundo grupo, que teve acesso somente a canais tradicionais de comunicação para trocar informações sobre a companhia, como o email.
Como esperado, depois de seis meses, o grupo que usou a rede social corporativa melhorou a habilidade de encontrar dados relevantes em 31%. Os integrantes também aprimoraram em 71%a habilidade de encontrar funcionários com informações necessárias. Esses benefícios foram alcançados mesmo com os funcionários enviando, em média, uma mensagem na rede social por semana.
O motivo: soluções de rede social ampliam a base de conhecimento. Qualquer interação de um funcionário pode ser vista e ouvida pelos outros, mas eles só vão interagir em pequenos grupos. Uma solução de rede social pode expandir o alcance de encontros entre as pessoas que fazem parte da companhia.
O que realmente surpreendeu Leonardi foi quem aderiu à nova ferramenta. Jovens funcionários foram os mais céticos em relação ao software por várias razões. Muitos deles já utilizam soluções de social media, como Facebook e Twitter, e acabam enxergando essas soluções como algo não atrelado ao trabalho. Isso dificultou a adesão dos mais jovens pelas tecnologias sociais no ambiente de trabalho, escreveu o professor.
Além disso, esses indivíduos estavam preocupados com o fato de seus chefes verem suas postagem pessoais. Por outro lado, os profissionais sênior eles estão mais abertos a usar a ferramenta para trabalho, verificou a pesquisa.
Muitas organizações estão buscando como impulsionar as ferramentas de social media para tornar a empresa mais eficiente. A noção de que jovens funcionários utilizam mais essas ferramentas do que os mais velhos é verdadeira; no entanto, ironicamente, isso pode conduzi-los a serem menos propensos a promoverem ferramentas de rede sociais no ambiente de trabalho.