O Linkedin alcançou a marca de 15 milhões de usuários no Brasil, um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. A marca representa, nos cálculos do diretor geral da companhia no Brasil, Oswaldo Barbosa de Oliveira, 40% da mão de obra qualificada do País. A empresa revelou ainda ter mais de 20 mil empresas clientes das soluções de talentos da plataforma, das quais aproximadamente 500 encontram-se no Brasil.

Essa faixa de mercado responde por mais da metade (56%) da receita global do Linkedin, somando US$ 205,1 milhões. Por meio dela, organizações podem encontrar candidatos que se encaixem em um determinado perfil de posição e iniciar ali a seleção dos profissionais. A plataforma já é integrada por meio de APIs com algumas soluções de mercado de gestão de recursos humanos. Os outros segmentos, soluções de marketing e assinaturas premium, são responsáveis por 24% e 20% da composição da receita, respectivamente, ou US$ 85,6 milhões e US$ 73 milhões.

Atualmente, existem mais de 3 milhões de páginas corporativas registradas no Linkedin Brasil. Ao todo, globalmente, a plataforma soma 238 milhões de usuários em todo o mundo – o que coloca o País na terceira colocação, atrás de Estados Unidos e Índia.

Multi canais móveis

A companhia divulgou também a estratégia móvel da empresa, que começou a ser desenhada nas últimas semanas com o lançamento do aplicativo móvel para recrutadores. Hoje com 38% dos usuários em plataformas móveis e com expectativa de chegar a 50% no ano que vem, o Linkedin vê nesse canal o principal uso da plataforma no futuro.

“Não é só uma implicação de audiência, mas de atividade. Os usuários móveis tendem a ser 2,5 vezes mais ativos que os de desktop”, apresentou o CEO da companhia, Jeff Weiner, em evento realizado nos Estados Unidos. “A mobilidade nos permite reinventar o Linkedin. Ela nos implica velocidade de inovação, ritmo de mudança requerido para ir ao mercado. As implicações disso vão desde a maneira como organizamos nossos times até como fazemos produtos móveis”, detalhou.

A companhia terá cinco aplicativos móveis, todos redesenhados da linguagem HTML 5 para um código nativo, o que permite, de acordo com a companhia, mais agilidade no tempo de resposta e design mais eficiente. Além do tradicional software, a suíte se completa com o agregador de notícias Pulse, a ferramenta para recrutadores Linkedin Recruiters, o Linkedin Contacts para gerenciar as pessoas contatadas na rede e o Intro, apresentado como a grande novidade.

O Intro traz para a aplicação de e-mail em smartphones e tablets as informações de contato do Linkedin. Ou seja, ao receber um Inmail, mensagem interna da rede social que é automaticamente replicada para o e-mail do perfil, o usuário poderá também obter informações sobre a pessoa que o recrutou. O aplicativo fica disponível no início do mês que vem, enquanto os outros (inclusive a atualização para o iPad, totalmente redesenhado), devem estar disponíveis até o fim do dia na Apple Store.