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É preciso adaptação em mundo onde a tecnologia derruba fronteiras e dissipa conceitos

Mario Sergio Cortella provoca audiência em abertura do IT Forum +: a tecnologia conecta, agrega, e muitas vezes nos separa

O tema do IT Forum +, sociedade em transição: da era industrial para a era digital, provoca uma reflexão sobre como sobreviver às mudanças que a tecnologia implica nas famílias, nos negócios e na sociedade. Para o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, a chave está na adaptação e reflexão, dois importantes atributos que são por algumas vezes deixados de lado.

“É importante termos em mente a transformação, e não evolução. As pessoas dizem erroneamente uma frase de Darwin em ‘A Origem das Espécies’, que sobrevive o mais forte. Na verdade, Darwin escreveu que sobrevive o mais apto. E é assim em tudo – nos negócios, quem não fica parado. A capacidade de transformação é a de se fortalecer no tempo”, lembrou o keynote speaker do evento na manhã desta quinta-feira (28).

Em uma reflexão histórica, Cortella lembrou que nos últimos 500 anos uma série de convicções foram quebradas – desde a Terra no centro do universo, o homem no centro do universo, bem como a alma no centro do homem. Por fim, o mundo digital está prestes a quebrar mais um paradigma: do tempo e do espaço.

De acordo com Cortella, as fronteiras foram diluídas. “Você está aqui na Bahia, enquanto vê minha palestra, acessa no celular seu e-mail e seu trabalho. Mas não está lá”, provoca. E vai além – essas diluições acabam por achatar ou tornar superficial uma série de comportamentos e diferenciações que um dia foram importantes.

“A nossa conectividade nos levou a ter informações variadas e contínuas. Você fica informado sobre todas as coisas, o ebola na África, o conflito da Faixa de Gaza, a criança que caiu num buraco na China. É fácil ter compaixão com o distante... mas e o próximo?”, questionou ele.

Ele ainda lembrou do papel da tecnologia para superar os desafios da sociedade. Ela pode atuar na gestão de produção, organização de distribuição de alimentos, atender uma série de carências. “Mas a sociedade está em transição mais profunda de um mundo industrial cujo objetivo era transformar a qualquer custo para uma sociedade digital e hiperconectada”, disse. 

Um dos sinais dessa evolução são vistos mesmos no Brasil. Quando a Inglaterra liderava a Revolução Industrial, o Brasil ainda era um país escravocrata. Agora, o País caminha para um capitalismo mais real, e os negócios se veem pressionados a atuar com margens reduzidas. “É difícil aceitar que a margem de negócio era 30% nos anos 70. Isso não é sustentável. Agora, é 3%, 4%. A tecnologia mais do que nunca tem um papel importante para eficiência operacional, rentabilidade”, considerou.

Ou seja, com as margens reduzidas e maior competitividade, nós deixamos um estado de pré-modernidade para tomar decisões que vão continuar impactando a sociedade. “É um tempo de escolhas. Temos que fazer, não podemos não escolher”.

Antes de mais nada, Cortella adverte que devemos lidar com essa série de transformações de maneira adaptativa, sem idolatrias ou fobias. “É claro que a gente precisa elevar tudo aquilo que a gente consegue fazer à magnificência da genialidade humana, mas o que criamos não pode nos extrair do que é mais denso e forte – capacidade de uma vida em que sentidos não percam seu valor e valor não percam seus sentidos”, encerrou.




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