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Windows 10 e a “Internet das coisas”

A Internet das Coisas tende a assumir cada vez maior importância no cenário da TI. Como Windows 10 se entenderá com ela?

Windows 10 vem aí e falta pouco. Desta vez a Microsoft inovou: em vez de distribuir, como de costume, uma versão beta, estática, para mostrar aos usuários o “jeitão” do novo sistema enquanto desenvolve a versão final, a empresa decidiu distribuir uma versão pré-beta, denominada “Technical Preview” e distribui-la a um grupo de usuários, batizado por ela de “Windows Insiders”, que estão interessados não apenas em conhecer o novo sistema como também em colaborar com sua feitura. Windows 10, então, com sua “Technical Preview”, transformou-se em uma “obra em andamento”. E, ainda melhor: como os usuários têm colaborado entusiasticamente e a MS tem honrado seu compromisso de levar em conta esta colaboração, pela primeira vez na história do desenvolvimento dos sistemas operacionais da MS está sendo criado um SO que satisfará o anseio da maioria de seus usuários. Eu sou um participante do programa Windows Insider quase desde seu início e passei a usar a Technical Preview de Windows 10 em meu trabalho diário assim que ele se tornou suficientemente estável (ou seja, há cerca de dois meses), o que me permite afirmar que conheço razoavelmente o sistema operacional. E acho que as (inevitáveis) reclamações de usuários logo após o lançamento, desta vez, tenderão a se reduzir a um mínimo.

Pois bem, ainda assim, apesar de toda esta abertura, pairam dúvidas relativas ao sistema operacional e sua integração com o mundo a seu redor.

Para dirimi-las, foi criado o sítio “ Windows 10 Update”, cujo logotipo é mostrado na Figura 1 (na verdade, foi criado o sítio “Windows 9 Update”, mas com a escolha pela MS do numeral “10” para designar a próxima versão, os criadores do sítio foram forçados a alterar seu nome). E, de fato, lá são encontradas respostas para as dúvidas mais comuns sobre o novo sistema.

Figura 01

Figura 1: Sítio Windows 10 Update

Uma delas, que por acaso ainda não me havia ocorrido: como o Windows 10 se entenderá com as “coisas” da “Internet das Coisas”?

Pois bem, com o rumo que o mercado vem tomando, em breve a Internet das coisas será um tema dominante na área da tecnologia. Então vale a pena investir algum tempo tomando conhecimento do que exatamente será esta tal de “Internet das Coisas” e como Windows 10 interagirá com ela. E antes que me acusem de plagiário: sim, a maioria das informações aqui contidas foram obtidas no artigo cujo título é “Windows 10 and the Internet Of Things” publicado no sítio “Windows 10 update”, mas cujo nome do autor não encontrei em lugar algum, apenas uma menção no final do artigo informando que ele foi baseado na apresentação da Microsoft feita por Vinícius Souza e Marlon Luz, única fonte que encontrei sobre o tema desta coluna.

Para começar, vamos ver exatamente o que vem a ser essa tal de “Internet” das coisas. E, como o autor do artigo citado, vamos recorrer ao Gartner.

Diz o Gartner Group:

“A Internet das Coisas é a rede de objetos físicos que incluem tecnologia ‘embutida’ que lhes permitem se comunicar e interagir com seu estado interno ou com o ambiente externo”.

Entendeu?

Sorte sua, porque eu mesmo não entendi patavina (ainda se usa essa esdrúxula palavra “patavina”? Deus do céu, como são estranhas as coisas que pairam meio perdidas na memória dos velhos...) Por sorte, no próprio artigo, há uma explicação mais palatável. Diz lá:

“A Internet das coisas é formada por todos os dispositivos, exceto PCs, tabletes e telefones inteligentes, que podem interagir com eles mesmos ou com outros dispositivos tipicamente via Internet.”

Bem, melhorou um pouco. O artigo, inclusive, dá exemplos de algumas das “coisas” que integram a “Internet das Coisas”: dispositivos de pontos de vendas, caixas automáticos, dispositivos médicos, escâneres de mão, equipamentos de fabricação e muitos mais.

Ficou claro, agora?

Para ser franco, no que me diz respeito, não muito. Cá pelo patropi essas máquinas automáticas de vender coisas, os “pontos de venda”, não são muito comuns. “Dispositivos médicos” é um negócio meio vago. “Equipamentos de fabricação”, mais vago ainda. Quer dizer: a explicação da explicação não ajudou muito.

Ainda bem que o artigo apresenta um exemplo: sua geladeira.

Mas sua geladeira “pode interagir com si mesma ou com outros dispositivos tipicamente via Internet”?

A minha, não. E duvido que a sua possa. 

Mas o articulista (eu acho que estou começando a entender porque ele não revela seu nome) vem em nosso socorro explicando que brevemente ela poderá. Diz ele que “no futuro” ela disporá de mais “chips” inteligentes e poderá até se conectar à sua rede Wi-Fi doméstica. E, acrescenta ele, quanto maior o número de dispositivos conectados, mais fácil coordená-los de forma eficiente.

Mas para que diabos servirá uma geladeira conectada à Internet? Ah, responde o autor, nestas condições ela poderá lhe enviar uma mensagem de correio eletrônico lhe alertando sobre o fato de que um de seus componentes está começando a apresentar sinais de mau funcionamento e que você deve providenciar a manutenção. Mais que isso: ela pode até preparar a solicitação de reparo a ser enviada a seu técnico de geladeiras já com o defeito identificado e apenas lhe solicitar autorização para enviá-la. Um negócio muito mais eficiente e barato do que esperar o defeito ocorrer para então chamar o técnico que terá que diagnosticar a causa antes de consertá-lo.

Pois é isso. A ideia por detrás do conceito de “Internet das coisas” e ter o maior número possível de dispositivos conectados e operando de forma mais eficiente para servir aos humanos.

Bem, agora que temos uma ideia conceitual sobre a Internet das coisas já estamos preparados para entender por que a Microsoft está interessada nela.

Para isso o autor do supracitado artigo (eu me amarro nesta palavra, “supracitado”...) recorre novamente ao Gartner Group, desta vez a um de seus relatórios. E diz:

“De acordo com Gartner inc., até 2020, o número de dispositivos conectados à Internet das coisas, que exclui PCs, tabletes e telefones inteligentes, alcançará a cifra de 26 bilhões de unidades instaladas, o que representa um crescimento de quase trinta vezes os 0,9 bilhões de dispositivos conectados em 2009. Adicionalmente, Gartner informa que até 2020 os fornecedores de produtos e serviços ligados à Internet das Coisas irão gerar uma receita adicional que excederá os trezentos bilhões de dólares americanos, principalmente em serviços. E que isto repercutirá em outros mercados, resultando em um acréscimo de 1,9 trilhão em termos de valores econômicos globais por meio de vendas em diferentes mercados.”

Caramba! Então esse negócio de Internet das Coisas é sério mesmo... Diz o autor do artigo que “a Internet das Coisas será a próxima coisa realmente grande no ramo da tecnologia da informação”.

E explica: ao usar o exemplo da geladeira, mostrou como o fato de ela ser “inteligente” e conectada pode ensejar que seu dono economize centenas, talvez milhares de dólares ao longo de sua vida útil. Pois bem, se você expandir o conceito para uma cadeia de manufatura, o potencial de economia é imensamente maior.

E, de fato, o artigo mostra um diagrama esquemático de uma cadeia de produção inteiramente monitorada e controlada por dispositivos inteligentes e conectados que, além de controlar todo o fluxo de materiais e produtos na linha de montagem, se comunica com fornecedores externos e com revendedores para manter todo o sistema sob controle. Se você se interessa pelo assunto, sugiro uma consulta ao artigo, pois de fato a coisa é impressionante. E, conforme diz o artigo, quanto mais se adiciona “inteligência” em mais pontos da cadeia de suprimento, mais preciso e eficiente torna-se o processo produtivo. E um processo mais preciso e eficiente resulta em maior economia e aumento do lucro das empresas.

Mas o que Windows 10 e a MS têm a ver com isso?

Tudo.

Porque há uma oportunidade de negócios que fará com que a empresa que conseguir amarrar tudo isto em um único pacote e prover serviços que façam dela a líder deste mercado possa faturar alguns bilhões de dólares.

E a MS está de olho nessa grana.

Mas como irá abiscoitá-la?

Bem, os maiores atores da MS no cenário da Internet das Coisas serão: Azure, Servidor SQL, Office 365, ferramentas inteligentes para o Office 365 e, finalmente, o Windows 10.

No que toca a esta coluna, nos interessa especificamente o papel de Windows 10 neste conjunto. E, como sabemos, a MS está tentando – e, quem conhece um pouco do estado de desenvolvimento de Windows 10 sabe que a tentativa está sendo bem sucedida – integrar praticamente todos os seus produtos dotados de alguma “inteligência” na mesma versão de Windows, mais especificamente Windows 10. Veja a Figura 2 obtida no artigo que estamos discutindo.

Figura 02

Figura 2: Tudo converge para Windows 10

Como se vê, tudo converge para Windows 10. Desde o console para jogos Xbox até tabletes e telefones, PCs, o diabo. E “convergir para Windows 10” significa, basicamente, “falar a mesma língua”, poder se comunicar uns com os outros. E se você reparou naquele ramo amarelo que vai direto para Windows 10 onde se lê “Windows on devices”, ou seja, Windows nos dispositivos, talvez tenha uma ideia das centenas de milhares de “coisas” que isso pode representar.

Pois bem, ainda no artigo citado, pode-se ler que em outubro passado, em um evento do Grupo Gartner, o principal executivo da MS, Satya Nadella, informou que Windows 10 está sendo “re-arquitetado” de tal forma que a nova versão de Windows “atuará como peça central no processo de integração das ‘coisas’ através de toda a ‘Internet das coisas’”.

Ou seja: Windows 10 não mais será um mero sistema operacional para computadores de mesa ou portáteis, tabletes e telefones. Será muito mais que isso. Será a plataforma central que irá conectar e permitir que as “coisas” funcionem juntas de modo integrado. E mais: ainda segundo Nadella, “Windows 10 está sendo concebido como um novo sistema operacional, o único capaz de manejar eficientemente a estrutura computacional de todas essas ‘coisas’, conectando-as, obtendo dados delas, e analisando as informações assim geradas de modo a apresentá-las de forma útil a quem possa delas se beneficiar”.

Pois é isso.

Há um negócio de bilhões de dólares em perspectiva. A Microsoft não pretende deixa-lo passar em branco. E fará de Windows 10 seu principal instrumento para tirar proveito dele.
Vamos ver no que vai dar.




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