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Como a tecnologia levou à morte do principal mentor dos ataques em Paris
Telefone descartado por um dos terroristas em lixo próximo a Bataclan e escutas telefônicas levaram a esconderijo onde Abdel Hamid Abaaoud se encontrava

Quando um dos terroristas envolvido nos ataques em Paris jogou seu smartphone em uma lata de lixo do lado de fora da casa de shows Bataclan, na sexta-feira passada, ele não estava preocupado sobre a criptografia de suas mensagens de texto ou documentos armazenados. E por que ele estaria? Com uma bomba amarrada em sua cintura, ele sabia que iria morrer. 

Mas o telefone e as escutas em um outro aparelho levaram a polícia anunciar nesta quinta-feira (19) que o suspeito de organizar os ataques que culminaram com a morte de 129 pessoas na capital francesa, Abdel Hamid Abaaoud, foi morto.

O telefone descartado por um dos terroristas continha um SMS enviado a um destinatário não identificado às 21h42 horário local, momentos antes de o tiroteio começar: "On est parti on commence" ("Nós vamos entrar"), disse François Molins, do Ministério Público em entrevista coletiva ontem à noite.

O telefone também continha um mapa detalhado do interior da casa de shows, de acordo com uma reportagem da mídia local citando fontes policiais.  

Porém, o acesso a tal informação chegaria tarde demais para os serviços de segurança franceses prevenirem os ataques, mas contribuiu para a rápida identificação de três esconderijos utilizados nos dias que antecederam os ataques. Dois deles já se encontravam abandonados, mas 100 policiais altamente armados invadiram o terceiro nesta quarta-feira de manhã. 

Investigadores usaram escutas telefônicas, informações de localização de celulares, gravações, testemunhas oculares e dados extraídos de relatórios de inteligência existentes para identificar e localizar os carros, telefones, armas e esconderijos usados pelos terroristas para planejar e executar os ataques, explicou Molins. 

Telefones celulares não funcionam ao menos que eles reportem sua localização à rede com frequência, para que ela saiba para onde direcionar suas chamadas e SMS. Redes normalmente armazenam esses dados por poucas semanas ou meses para análise de falhas ou, como neste caso, como resultado de uma obrigação legal de manter dados para investigações policiais. 

Ao acompanhar os relatórios de localização recebidos do telefone utilizado para enviar o SMS, a polícia chegou ao hotel em Alfortville, na periferia de Paris, onde encontraram dois quartos que foram alugados para os dias 11 a 17 novembro em nome de Salah Abdeslam, disse Molins. Abdeslam é suspeito de envolvimento nos ataques.

MapaFranca

Enquanto a tecnologia não levou a polícia aos outros esconderijos, ela permitiu que confirmasse duas suspeitas que a polícia recebeu de outras fontes.

Uma dessas levou a uma busca em uma casa vazia na cidade de Bobigny, a nordeste de Paris.

A segunda sugeria que  Abaaoud, suspeito de organizar os ataques, estava escondido no último andar de um prédio residencial em Saint Denis, ao norte de Paris e não na Síria como se achou anteriormente.

Investigadores analisaram dados telefônicos e de bancos para confirmar a informação sobre Abaaoud, disse Molins, antes de ordenar um ataque explosivo e sangrento no edifício efetuado pela equipe de elite da SWAT.

Mais de 100 policiais cercaram o prédio em Saint Denis antes do ataque começar na quarta-feira. Às 4h20 do horário local, eles tentaram explodir a porta do apartamento que se encontrava aberta. No tiroteio que se seguiu, uma dos ocupantes do apartamento detonou uma carga explosiva, matando a si mesma. Mais tarde, outro integrante foi encontrado morto no andar de baixo, preso sob uma viga caiu.

A polícia trabalhou durante a noite para identificar os corpos, confirmando nesta quinta-feira (19) que a mulher morta era Hasna Ait Boulahcen. Escutas telefônicas de suas conversas com Abaaoud levaram a polícia ao apartamento.

Pouco depois do meio-dia de quinta-feira, a notícia chegou: Abaaoud também foi morto na operação policial. Seu corpo foi identificado por suas impressões digitais, segundo comunicado do gabinete de Molins.

 




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