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FirefoxOS Fail: a web não é a plataforma

O argumento de que o conteúdo é o rei parece mais esconder os problemas do sistema

Parece um argumento bastante óbvio: as pessoas não compram dispositivos computacionais pelo hardware ou pelo software, elas o fazem pelas coisas que conseguem fazer com eles. No contexto dos dispositivos móveis, a Mozilla apresentou o Firefox OS nesta semana durante o Mobile World Congress, em Barcelona, trazendo seu argumento: “conteúdo é o rei”.

Trata-se, no entanto, de um velho argumento, usado quando você não tem nada mais forte para usar e classificar seu hardware ou software. E esse é, definitivamente, o caso do Firefox OS, talvez até um pouco pior.

Aplicativos criados com base HTML são boas soluções para centenas de aplicações móveis. Eles deixam de explorar muitas funcionalidades nativas dos aparelhos, mas cumprem com sua função, especialmente, por terem um fluxo de desenvolvimento mais rápido e barato e rodam em mais de um tipo de sistemas operacional.

Mas se este é o caso, por que as empresas estão desenvolvendo aplicativos – em geral para iOS – tão rapidamente? Porque ninguém está contente com interfaces muito simplistas. O movimento de traga seu próprio dispositivo (BYOD, da sigla em inglês) tem minado a possibilidade de a TI e de os ISVs escaparem dessa estratégia. A tendência é que as pessoas prefiram aplicativos que são trabalhados para sua plataforma e façam uma avaliação negativa de aplicações menos sofisticadas.

E como eu já disse em outras ocasiões: não há nada de novo nisso. Mesmo se você observar as primeiras aplicações para PCs, as mais populares eram aquelas que extraíam mais benefícios da plataforma. Meu primeiro trabalho foi em uma equipe para escrever um sistema de banco de dados 4GL. Nosso programa tinha um texto simples de input/output que nos permitia portar a solução para várias plataformas, como UCSD p-System, IBM PC e DEC PDP-11. Mas o dBase II e os demais concorrentes eram mais rápidos e fáceis porque estavam otimizados para a interface do PC.

Depois dessa analogia, olho a Mozilla em grande desvantagem, até em relação aos bons aplicativos baseados em HTML. Um dos grandes problemas de estabelecer padrões atualmente é o webkitfication da web móvel. O Webkit é uma ferramenta open source disponível para Safari, Chrome e outros navegadores menos importantes.

O uso dominante do Webkit na internet móvel tem incentivado desenvolvedores a usar extensões nos navegadores que vão além de padrões como CSS e HTML5. Opera e BlackBerry, recentemente, jogaram a toalha e alteraram as ferramentas de seus navegadores para Webkit. É verdade que essas extensões são open source, mas também são proprietárias. A Mozilla trabalha para suportar ao menos algumas delas e a Microsoft está criando um guia de desenvolvimento.

Suportar um telephone com um parceiro não tão importante e apenas de sistema operacional, não parece uma estratégia muito forte para operadoras móveis ou ISV’s. Eu não consigo imaginar o Firefox OS tendo sucesso com tantos fatores trabalhando contra.

E você, o que pensa da estratégia da Mozilla?





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